A internet transformou fundamentalmente a maneira como vivemos, trabalhamos e interagimos uns com os outros. Nas últimas décadas, a internet evoluiu de uma coleção estática de páginas da web para uma plataforma interativa que permite aos usuários criar, compartilhar e consumir conteúdo. No entanto, a ascensão da Web 2.0 também levou a um novo tipo de economia – a economia da atenção – onde as empresas competem pela atenção e engajamento dos usuários.
Na economia da atenção, as empresas ganham dinheiro vendendo a atenção dos usuários aos anunciantes. Plataformas de mídia social como Facebook e Twitter usam algoritmos para manter os usuários envolvidos em suas plataformas e, ao fazer isso, coletam grandes quantidades de dados sobre o comportamento e as preferências dos usuários. Esses dados são vendidos a anunciantes, que os usam para segmentar usuários com anúncios personalizados.
No entanto, a economia da atenção também criou problemas significativos, como a disseminação de notícias falsas e o surgimento de bolhas de filtro. Além disso, os usuários têm pouco controle sobre seus dados pessoais e muitas vezes estão sujeitos a anúncios direcionados e conteúdo que não optaram por receber. Em resposta a essas questões, um novo tipo de economia está surgindo – a economia da propriedade – que busca capacitar os usuários, dando-lhes controle sobre seus dados e permitindo-lhes monetizar suas criações digitais.
A Web 3.0, também conhecida como web descentralizada ou web semântica, é a próxima evolução da internet. Ele é construído com base na tecnologia blockchain, que é um sistema de contabilidade distribuído projetado para ser transparente, imutável e seguro. A tecnologia Blockchain fornece uma infraestrutura descentralizada para aplicativos Web 3.0, permitindo que os usuários interajam uns com os outros e troquem valor sem a necessidade de intermediários.
No centro da Web 3.0 está a ideia de propriedade. A Web 3.0 busca criar uma internet mais aberta e inclusiva, livre de censura, controle e manipulação. Ele faz isso permitindo que os usuários possuam seus dados e criações digitais e monetizem-nos como bem entenderem.
A Web 3.0 pretende substituir a economia da atenção pela economia da propriedade. Na economia da propriedade, os usuários têm controle sobre seus dados pessoais e podem monetizar suas criações digitais. Isso dá aos usuários mais controle sobre suas experiências online e permite que eles lucrem com suas atividades online.
Uma maneira pela qual a Web 3.0 pode substituir a economia da atenção é por meio de plataformas de mídia social descentralizadas. As plataformas de mídia social descentralizadas são construídas com base na tecnologia blockchain, permitindo que os usuários possuam seus dados e conteúdo. Os usuários podem controlar quem tem acesso aos seus dados e podem optar por monetizar seu conteúdo recebendo tokens ou criptomoedas em troca de visualizações, curtidas ou compartilhamentos.
As plataformas de mídia social descentralizadas também podem usar a tecnologia blockchain para criar uma plataforma mais transparente e confiável. Como a tecnologia blockchain é transparente e imutável, ela pode ser usada para verificar a autenticidade do conteúdo e impedir a disseminação de notícias falsas.
Outra maneira pela qual a Web 3.0 pode substituir a economia da atenção é por meio de plataformas descentralizadas de criação de conteúdo. As plataformas de criação de conteúdo descentralizadas permitem que os usuários sejam proprietários de suas criações digitais e monetizem-nas como bem entenderem. Os usuários podem criar e compartilhar conteúdo, como música, vídeos e arte, e receber tokens ou criptomoedas em troca de visualizações, curtidas ou compartilhamentos.
As plataformas de criação de conteúdo descentralizadas também podem usar a tecnologia blockchain para criar uma plataforma mais transparente e segura. Como a tecnologia blockchain é imutável e transparente, ela pode ser usada para verificar a autenticidade do conteúdo e prevenir a pirataria.
A Web 3.0 não visa apenas substituir a economia da atenção pela economia da propriedade, mas também criar uma economia mais aberta e inclusiva. Na economia da propriedade, os usuários têm mais controle sobre suas experiências online e podem lucrar com suas atividades online. Além disso, a economia da propriedade pode possibilitar novos modelos de negócios que não eram possíveis na economia da atenção.
Por exemplo, na economia de propriedade, os usuários podem participar de organizações autônomas descentralizadas (DAOs), que são organizações regidas por contratos inteligentes e utadas na tecnologia blockchain. Os DAOs permitem que os usuários participem dos processos de tomada de decisão e compartilhem os lucros gerados pela organização.
A Web 3.0 também pode permitir novos tipos de mercados descentralizados e de propriedade dos usuários. Por exemplo, o OpenBazaar é um mercado descentralizado construído com base na tecnologia blockchain e permite que os usuários comprem e vendam bens e serviços sem a necessidade de intermediários. Como o OpenBazaar é descentralizado, os usuários têm mais controle sobre seus dados e podem fazer transações entre si diretamente, sem a necessidade de um mercado centralizado.
Além disso, a Web 3.0 pode permitir novos tipos de instrumentos financeiros descentralizados e de propriedade dos usuários. Por exemplo, finanças descentralizadas (DeFi) é um novo tipo de sistema financeiro construído com base na tecnologia blockchain e permite que os usuários participem de transações financeiras sem a necessidade de intermediários. As plataformas DeFi permitem que os usuários emprestem e peçam dinheiro emprestado, negociem criptomoedas e participem de outras atividades financeiras, tudo sem a necessidade de um intermediário centralizado.
Embora a Web 3.0 tenha o potencial de criar uma internet mais aberta e inclusiva, também há desafios significativos que devem ser superados. Um dos maiores desafios da Web 3.0 é a experiência do usuário. Atualmente, os aplicativos da Web 3.0 podem ser difíceis de usar e requerem um certo nível de conhecimento técnico. Para que a Web 3.0 alcance a adoção principal, ela deve se tornar mais acessível e fácil de usar.
Outro desafio enfrentado pela Web 3.0 é a escalabilidade. A tecnologia Blockchain ainda está em seus estágios iniciais e pode ser lenta e cara de usar. Para que a Web 3.0 se torne uma alternativa viável à Web 2.0, ela deve ser capaz de lidar com grandes volumes de transações e ser escalável o suficiente para suportar milhões de usuários.
Além disso, a Web 3.0 enfrenta desafios regulatórios significativos. Governos e órgãos reguladores ainda estão lutando para regular a tecnologia blockchain e as criptomoedas. Para que a Web 3.0 se torne uma alternativa viável à Web 2.0, ela deve ser capaz de operar dentro das estruturas regulatórias existentes e ser capaz de se adaptar a ambientes regulatórios em constante mudança.
A Web 3.0 tem o potencial de transformar a internet de uma economia de atenção para uma economia de propriedade. Ao permitir que os usuários sejam proprietários de seus dados e criações digitais e monetizem-nos como bem entenderem, a Web 3.0 pode criar uma Internet mais aberta e inclusiva, livre de censura, controle e manipulação.
No entanto, existem desafios significativos que devem ser superados antes que a Web 3.0 possa alcançar a adoção principal. Esses desafios incluem experiência do usuário, escalabilidade e desafios regulatórios. No entanto, com inovação e desenvolvimento contínuos, a Web 3.0 tem potencial para se tornar uma alternativa viável à Web 2.0 e para criar uma internet mais democrática e igualitária.